terça-feira, 23 de agosto de 2011

Rabiscos (sem) sentido?


Outrora, em Pasárgada ou ainda na esquina,
me via repleto de linhas, de letras e de mãos.
Tudo atuava em perfeita sintonia,
podia tingir de caneta,
que borracha não precisaria ali.

Outrora, me sentia escritor, quem sabe um ator,
que atuava com escritos aquilo que vinha do coração.
Nada sabia sobre esse futuro presente,
repleto de lápis e borrachas,
que apaga, mas deixa marcas.

Outrora, outra hora me deixei levar,
Outrora, outra hora, outro dia vai passar,
Outrora, pude aprender, outra hora vou saber,
Outrora, agora, quando eu quiser...

Em Pasárgada hoje sou rei,
amanhã terei aquilo que escolherei.
Pena não estar lá de olhos abertos,
mas ao caminhar em ladrilhos de couro,
aprendi a cair, a levantar e pra onde ir.

Vem?

domingo, 19 de setembro de 2010


Comece a me ler,
ainda estás comendo pão matinal ou a sopa noturna?
Algumas coisas realmente nunca mudam...
É tão difícil de acreditar que estamos na mesma?
Sim, sim essas coisas acontecem a todo mundo.
E o que dizem sobre deixar se levar pela maré?
Fraqueza, não é?
E o que dizem sobre um copo que está metade vazio?
Pessimismo, não é?
Podemos dizer que estamos um pouco assim, talvez fracos, talvez pessimistas...
Estamos quase pra desistir...
Mas se aproxime de mim, juntos vamos descobrir o que lutas em gritos...
Pras doses mais fortes de veneno, há sempre um antídoto,
ainda que num frasco grande, ainda que difícil de encontrar...
Cada palavra isoladamente é apenas uma palavra,
algumas ainda derivam de outras, ou são simplesmente antônimos de outras,
desacreditar é o oposto de acreditar.
Outras ainda se comportam quase sempre como pronomes,
eu, tu, ele, nós, vós, eles. (São tantas pessoas nesses casos...)
Nós estamos deixando nossas vidas nas mãos de muitos deles,
ou até na de ninguém!
Mas é incrível ver que combinações de palavras as tornam tão poderosas,
neste momento devemos unir o pronome "eu" com o verbo "desacreditar"!
Eu desacredito que isso não tenha solução,
eu desacredito que amanhã não seja um dia melhor,
eu desacredito que o amor não exista,
E desacreditando no que acreditavamos começamos a apagar o mal.Algumas coisas realmente nunca mudam, já outras...
Neste momento estás comigo,
e só de estar assim as coisas já estão melhorando.
Por mais bela que seja uma palavra,
como por exemplo "bonita",
ela pode se tornar algo muito ruim quando acompanhada das palavras erradas,
"Você não é bonita, ta longe disso."
Ou pode se tornar algo ainda mais belo,
"Você é muito bonita."
Desta forma é a vida,
sozinho nunca será a melhor de nossas formas,
a perfeição se encontra na união!

sábado, 8 de maio de 2010


12 de Julho de 1990,

Ali, nasceu o começo da minha história e a continuação de muitas outras.
Algumas coisas mudaram para muitos e pra mim só começaram.
O entendimento ainda não me era particular,
podia ver, podia chorar , gritar, mover, podia morder!
Mas naquele momento tudo que eu menos tinha eram leis...
E no começo foi assim,
nada sabia sobre mim,
quiçá saber no fim...
Eram muitas as pessoas,
e aos poucos fui aprendendo a padronizá-las,
e esses padrões viraram laços,
e esses laços se denominaram família.
Foi assim, dividida em dois gêneros,
masculino e feminino...
Foi como ganhar um presente de Deus,
descobri guardiões que eram reis e rainhas.
Curioso, mas verdadeiro e único!
Foi assim que minha rainha se apresentou pra mim,
de forma fina, amável e humilde.

Entre 1 ano e meio e 2 anos de idade.

Não me lembro muito bem, não sou o melhor com esses flashes que ficam
e não saem... Mas:
Era madrugada, o símbolo materno já era claro pra mim,
só ela conseguia como ninguém me fazer dormir,
eram inúmeras histórias, inúmeras carícias,
beijos doces de adormecer...
Na madrugada um pouco incomodado,
senti necessidade de voltar a dormir e foi essa vontade que me fez ir até
o quarto de mamãe, pena que estava tudo escuro e pena que sou um pouco muito
desastrado :) foi nesse caminho que uma pedra aparecera,
na realidade, uma sandália, grande na época o suficiente pra me levar ao chão.
Quando vi estava com a testa na quina da cama e só o que não faltava era sangue e
lágrimas.
A descrição deste dia se resumia na camisola toda manchada de sangue de mamãe
e na minha sobrancelha costurada em 8 pontos.
Soturno? Naquele momento.
A vida por vezes é assim,
cai sobre mim,
mas concerta no fim...
5 anos de idade.

15 anos atrás, mais uma "tragédia" marcou minha vida: O lugar ao qual este se passava era
mais uma das minhas casas, e lá se encontrava mais um símbolo materno na minha vida, minha avó, vovó Clélia! Ela que sempre foi o que posso chamar de "vovó Disney", sempre fez de todas nossas idas, de todas as nossas férias algo incrivelmente doce em todos os sentidos.
Sua casa foi para mim e para todos os netos um paraíso, repleto de todas as guloseimas que podíamos imaginar! Lá corríamos pela casa inteira, brincávamos de pic-esconde, e outras dezenas de brincadeiras que ficam até hoje na memória de cada netinho!
Vovó é uma mulher e tanto, que com seus muitos talentos nos inspirava a seguir nossos sonhos, por exemplo, sempre tive você vovó como quem me deu o gene do dom de escrever! E a senhora nem pode imaginar o quão isso me faz feliz, obrigado! Para terminar tenho que descrever com muito carinho a sua bela voz, que nos fez emocionar e que traz consigo um pouquinho de cada um de nós que compomos a família! Agora voltando infelizmente a "tragédia":

Ainda não tinha escurecido, o dia parecia lindo, tudo saia bem, menos o meu primo que corria desesperadamente pra fugir da cachorrinha, até que ele bate o portão com toda força para que a cachorrinha pare de correr, o problema foi que meu dedo estava no portão, e assim eu fui atingido e tive meu dedo pendurado por um pouquinho de pele. Eu esperneava, chorava... Até que meus pais me levaram ao médico e lá ele disse que eu teria que amputar o dedo para não correr o risco de perder o movimento da mão toda. Ao ouvir ele dizer isso a dor que passou no coração da minha mãe foi mais forte até que a dor que eu sentia, assim quem começou a espernear foi ela e lutou com unhas e dentes para que isso não acontecesse! Resumo da história, hoje eu tenho todos os meus dedos todos normais, graças a minha indescritível mãe!
O medo de perder é assim,
mas depois traz força pra mim,
e junta tudo no fim...
No meu saudoso lugar.

É lá onde fica meu coração durante boa parte do tempo...
Lá guardado no colo de vó, de vovó Amélia...
Seu chapa aqui não consegue escrever sem começar a chorar...
É, te tenho como uma namorada vovó,
sou literalmente apaixonado por você!
Tenho dos momentos próximos intensidade,
sentimentos que esbanjam verdade!
Tenho dos momentos distantes lembranças bonitas,
que me trazem essa saudade infinita!
Sabe vó, quando eu me perco nos meus problemas,
nas coisas tristes que acontecem na minha vida,
eu me sinto tão errado por estar assim,
já que Deus me deu dádivas como você,
que me deu a dádiva como mamãe!
Você é uma força, que mesmo distante,
me apoia sabe? Se tenho anjos em volta de mim,
sei indubitavelmente que você é um deles!
A distância é assim,
deixa pessoas queridas longes de mim,
mas mostra um amor sem fim...
17 anos de idade.

2008, muitas coisas especiais aconteceram na minha vida,
momentos de grande crescimento!
Neste ano nasci pra outra família, não que já não fossem da minha família,
mas ganhei mais um pai e mais uma mãe.
Durante um tempo me vi longe da minha mãe e foi nesse tempo que
tive o carinho materno de tia Dani.
Ela que nunca me olhou feio,
nunca me trouxe um sentimento de impaciência ou má vontade,
pelo contrário, sempre fez de tudo pra me ver feliz!
É tão legal falar de tudo isso,
foram momentos únicos na minha vida,
diferentes de tudo que já vivi antes!
Tive uma mãe, uma amiga, uma companheira de compras,
uma técnica de futebol, uma cupida, etc etc etc!
Brigadão mãe gringa :)
O novo é assim,
diferente pra mim,
tudo acaba bem no fim...
Vida inteira.

O que eu nunca falei, eu deveria ter falado,
ou devia ter deixado entender.
Quanto aos erros, muitos poupei graças a você,
outros cometi e com você a situação converti!
Afortunado sou eu,
que te tenho mães,
só tenho uma coisa a dizer,
obrigado!
Vocês são assim,
tudo pra mim,
com vocês estou até o fim...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A peça que faltava?


Se a subida for tão grande quanto
a impossibilidade de ver o outro lado,
não pule os degraus,
eles podem ser importantes...

aquilo que tens,
sei que a propaganda é a alma
mas como enxergar a alma
se tudo que vemos são corpos?

Oportunidades terás todas as horas,
o que não terás é um manual,
ou uma certeza,
o que fazer?

Lembre-se
que você poderia estar no meu lugar,
querendo uma oportunidade,
querendo ao menos me mostrar,
aquilo que minha vista não pode julgar.

Um dia verás que existe perfeição,
mas não singular!
O segredo se encontra
no ato de juntar.

Dia a dia,
pessoa por pessoa,
qualidades diferentes,
geram momentos únicos...

Não conseguirás fazer a
tal canoa da pergunta com
somente um pau,
disso eu tenho certeza!

Tinhas que ao menos ter
paus suficientes para você flutuar,
pra falar a verdade,
pra nós dois flutuarmos...

Ninguém quer se arriscar sozinho...
Uma vez na vida aqueles que
convosco viajarem
serão as pontes entre nosso presente
e nosso passado!

E assim construirás uma história,
que crescerá assim como uma árvore,
vários os galhos, alguns os frutos e flores,
todos como um só, só assim para viver.

Para mim a mudança é fundamental,
a chegada do novo é um diferencial,
sem isso a pessoa congela no tempo,
tende a unificar pensamentos.

Ter algo novo é ver as coisas por outro ângulo,
então não deixe de valorizar os antigos
mas não deixe mesmo inovar,
o novo é surpreendente...

Tivestes então tudo,
e principalmente nada,
posto que com tudo, acabou a graça
que o nada pode trazer de volta!

Que
bom é ver que aquilo que parece ser
não é! Isso que é surpresa!
E só vistes porque me deixastes
entrar.

Se eu não sei,
vou descobrir,
se eu não tiver você
é porque não era pra ser.

Dar assim uma chance,
outra chance
e outra
e outras...

Chances
que nos fizeram aprender como fazer,
que nos tornaram o que somos e o que vamos ser!
Peças de quebra-cabeça,
que só depois de tentar todas as combinações
pudemos ver se estas se encaixavam ou não em nós...

domingo, 18 de abril de 2010

Finalmente a plenitude.


Por diversas vezes me vi indo e vindo por essas bandas,
muitas delas carregado por lágrimas,
outras por romantismo...

Mas dessa vez sinto algo diferente,
não que antes eu não sentisse,
mas agora está tudo tão pleno,
claro e tocável!

O sentimento que me traz aqui hoje é a Felicidade,
responsável por essa série de sorrisos
e olhares brilhantes!

Queria até acreditar em destino,
idealizar momentos e torná-los contos de fadas,
pois é assim que se parecem,
porém desta forma estaria ignorando o transcorrer dos fatos...

Ouvi muito dizerem que palavras descrevem sentimentos,
então tragam-me o dicionário,
posto que vou precisar de inúmeras para escrever
sobre o que aconteceu e o que está acontecendo!

Ou ainda tragam-me nada,
já que por vezes simplesmente não conseguiria descrever!

Quem não vive não sabe,
quem vive não entende.
Quem não vive ousa descrever,
quem vive nem se arrisca.
Quem não vive dorme pra sonhar,
quem vive sonha pra dormir.
Quem não vive ama e não cai,
quem vive cai de tanto amar.
Quem não vive não aprende,
quem vive erra pra acertar.

Quem não vive está morto,
quem vive, ...!

Ainda que,
quem não vive, vive de outra forma,
a vida é brincar de morto-vivo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Tempo de mudanças


Estou tentando fugir das teorias cabíveis, dos afagos mansos de mãos amigas, das palavras ternas que tendem a me ludibriar.

Quero chorar por um motivo!

Encontrar nos dias ensolarados calor demais.

Voltar a sentir-me forte com meus próprios braços, agora longe dos teus abraços. Minha fraqueza é aquela menina, aquela, aquela, aquela outra...

Ficar mudo às tuas juras, ao vento lento que insiste em tentar me arrepiar...
Me deixar levar pela brisa que vai passar,
adormecer sem saber onde acordar..

sábado, 3 de abril de 2010

Limões


Te perder não foi nada muito grande,
talvez o seu sentimento de culpa
tenha me incomodado,
soou como pena!

Ao te perder, quase me perdi, assumo.
Talvez alguém tenha apagado a luz,
ou talvez eu mesmo tenha...
mas a gente só se acha quando perdidos estamos...

E encarei por vezes a dúvida,
as razões,
acabei por me debruçar no destino,
que me afagou a dor.

Já tive quedas maiores,
é pena que:
da tequila só tivestes
o limão!