Outrora, em Pasárgada ou ainda na esquina,
me via repleto de linhas, de letras e de mãos.
Tudo atuava em perfeita sintonia,
podia tingir de caneta,
que borracha não precisaria ali.
Outrora, me sentia escritor, quem sabe um ator,
que atuava com escritos aquilo que vinha do coração.
Nada sabia sobre esse futuro presente,
repleto de lápis e borrachas,
que apaga, mas deixa marcas.
Outrora, outra hora me deixei levar,
Outrora, outra hora, outro dia vai passar,
Outrora, pude aprender, outra hora vou saber,
Outrora, agora, quando eu quiser...
Em Pasárgada hoje sou rei,
amanhã terei aquilo que escolherei.
Pena não estar lá de olhos abertos,
mas ao caminhar em ladrilhos de couro,
aprendi a cair, a levantar e pra onde ir.
Vem?
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