sábado, 8 de maio de 2010


12 de Julho de 1990,

Ali, nasceu o começo da minha história e a continuação de muitas outras.
Algumas coisas mudaram para muitos e pra mim só começaram.
O entendimento ainda não me era particular,
podia ver, podia chorar , gritar, mover, podia morder!
Mas naquele momento tudo que eu menos tinha eram leis...
E no começo foi assim,
nada sabia sobre mim,
quiçá saber no fim...
Eram muitas as pessoas,
e aos poucos fui aprendendo a padronizá-las,
e esses padrões viraram laços,
e esses laços se denominaram família.
Foi assim, dividida em dois gêneros,
masculino e feminino...
Foi como ganhar um presente de Deus,
descobri guardiões que eram reis e rainhas.
Curioso, mas verdadeiro e único!
Foi assim que minha rainha se apresentou pra mim,
de forma fina, amável e humilde.

Entre 1 ano e meio e 2 anos de idade.

Não me lembro muito bem, não sou o melhor com esses flashes que ficam
e não saem... Mas:
Era madrugada, o símbolo materno já era claro pra mim,
só ela conseguia como ninguém me fazer dormir,
eram inúmeras histórias, inúmeras carícias,
beijos doces de adormecer...
Na madrugada um pouco incomodado,
senti necessidade de voltar a dormir e foi essa vontade que me fez ir até
o quarto de mamãe, pena que estava tudo escuro e pena que sou um pouco muito
desastrado :) foi nesse caminho que uma pedra aparecera,
na realidade, uma sandália, grande na época o suficiente pra me levar ao chão.
Quando vi estava com a testa na quina da cama e só o que não faltava era sangue e
lágrimas.
A descrição deste dia se resumia na camisola toda manchada de sangue de mamãe
e na minha sobrancelha costurada em 8 pontos.
Soturno? Naquele momento.
A vida por vezes é assim,
cai sobre mim,
mas concerta no fim...
5 anos de idade.

15 anos atrás, mais uma "tragédia" marcou minha vida: O lugar ao qual este se passava era
mais uma das minhas casas, e lá se encontrava mais um símbolo materno na minha vida, minha avó, vovó Clélia! Ela que sempre foi o que posso chamar de "vovó Disney", sempre fez de todas nossas idas, de todas as nossas férias algo incrivelmente doce em todos os sentidos.
Sua casa foi para mim e para todos os netos um paraíso, repleto de todas as guloseimas que podíamos imaginar! Lá corríamos pela casa inteira, brincávamos de pic-esconde, e outras dezenas de brincadeiras que ficam até hoje na memória de cada netinho!
Vovó é uma mulher e tanto, que com seus muitos talentos nos inspirava a seguir nossos sonhos, por exemplo, sempre tive você vovó como quem me deu o gene do dom de escrever! E a senhora nem pode imaginar o quão isso me faz feliz, obrigado! Para terminar tenho que descrever com muito carinho a sua bela voz, que nos fez emocionar e que traz consigo um pouquinho de cada um de nós que compomos a família! Agora voltando infelizmente a "tragédia":

Ainda não tinha escurecido, o dia parecia lindo, tudo saia bem, menos o meu primo que corria desesperadamente pra fugir da cachorrinha, até que ele bate o portão com toda força para que a cachorrinha pare de correr, o problema foi que meu dedo estava no portão, e assim eu fui atingido e tive meu dedo pendurado por um pouquinho de pele. Eu esperneava, chorava... Até que meus pais me levaram ao médico e lá ele disse que eu teria que amputar o dedo para não correr o risco de perder o movimento da mão toda. Ao ouvir ele dizer isso a dor que passou no coração da minha mãe foi mais forte até que a dor que eu sentia, assim quem começou a espernear foi ela e lutou com unhas e dentes para que isso não acontecesse! Resumo da história, hoje eu tenho todos os meus dedos todos normais, graças a minha indescritível mãe!
O medo de perder é assim,
mas depois traz força pra mim,
e junta tudo no fim...
No meu saudoso lugar.

É lá onde fica meu coração durante boa parte do tempo...
Lá guardado no colo de vó, de vovó Amélia...
Seu chapa aqui não consegue escrever sem começar a chorar...
É, te tenho como uma namorada vovó,
sou literalmente apaixonado por você!
Tenho dos momentos próximos intensidade,
sentimentos que esbanjam verdade!
Tenho dos momentos distantes lembranças bonitas,
que me trazem essa saudade infinita!
Sabe vó, quando eu me perco nos meus problemas,
nas coisas tristes que acontecem na minha vida,
eu me sinto tão errado por estar assim,
já que Deus me deu dádivas como você,
que me deu a dádiva como mamãe!
Você é uma força, que mesmo distante,
me apoia sabe? Se tenho anjos em volta de mim,
sei indubitavelmente que você é um deles!
A distância é assim,
deixa pessoas queridas longes de mim,
mas mostra um amor sem fim...
17 anos de idade.

2008, muitas coisas especiais aconteceram na minha vida,
momentos de grande crescimento!
Neste ano nasci pra outra família, não que já não fossem da minha família,
mas ganhei mais um pai e mais uma mãe.
Durante um tempo me vi longe da minha mãe e foi nesse tempo que
tive o carinho materno de tia Dani.
Ela que nunca me olhou feio,
nunca me trouxe um sentimento de impaciência ou má vontade,
pelo contrário, sempre fez de tudo pra me ver feliz!
É tão legal falar de tudo isso,
foram momentos únicos na minha vida,
diferentes de tudo que já vivi antes!
Tive uma mãe, uma amiga, uma companheira de compras,
uma técnica de futebol, uma cupida, etc etc etc!
Brigadão mãe gringa :)
O novo é assim,
diferente pra mim,
tudo acaba bem no fim...
Vida inteira.

O que eu nunca falei, eu deveria ter falado,
ou devia ter deixado entender.
Quanto aos erros, muitos poupei graças a você,
outros cometi e com você a situação converti!
Afortunado sou eu,
que te tenho mães,
só tenho uma coisa a dizer,
obrigado!
Vocês são assim,
tudo pra mim,
com vocês estou até o fim...

2 comentários:

Reflexos e Reflexões disse...

Sou neta, sou filha, sou mãe....e você me fez arrepiar e chorar. Você é um PRÍNCIPE, poeta Renan.

Reflexos e Reflexões disse...

Sempre vindo aqui em busca de novidades e mesmo não encontrando, sempre acho algo novo, surpreendente e gostoso nas postagens anteriores....sensação deliciosa.