Gosto de brincar com a ironia,
fazer dela aqueles inventos pelos quais te surpreendo!
Honroso é fugir porque os sinos não tocaram,
ou ainda pelo medo de te machucar.
Mas o curioso é que sou o último a temer a dor,
e sou o que mais gosto de me aventurar,
porque me arrepender do que não sei é pior do que aquilo que não gostei.
Ter coragem pra fechar os olhos sozinho naquele escuro,
porque a segurança não está na companhia que te cerca,
ou na luz que te acompanha,
e sim no ato de dançar desnudo para si mesmo vendo no espelho quem
é o único que deves querer conhecer,
com a maior volúpia!
E veja que o amor próprio foi até o fim,
e que a confiança em si mesmo venceu àquela que me destes...
E que nunca os meus olhos vão olhar ou enxergar aquilo que está à sua frente,
posto que angulos se diferem, momentos se diferem!
Digo-te mais, espalhe ao máximo aquilo de bom que acontecer,
mas deixe que as coisas ruins se demonstrem silenciosas e possuidoras de seus donos.
Canso de te mostrar que hoje é o dia para o maior ato da sua vida,
e que sempre os melhores improvisos serão aqueles que dedicastes horas treinando,
e que os melhores acontecimentos que ocorrem são aqueles inesperados,
e que as melhores pessoas são aquelas que te dão sem te dizer,
que te fazem sentir ao te ver dormir...
E não me recluso por aqueles atos que cometi,
ou por mostrar a ti os dois lados da mesma moeda,
posto que sou o que tenho, quem tenho,
posto que luto pelo que não tenho,
posto que luto pelo que não creio,
e que mesmo sem a luz do fim do túnel posso estar indo pelo caminho certo.
Porque o melhor atirador é aquele que acerta o alvo sem nada ver!
2 comentários:
Profundo , reflexivo , muito rico.
Amei!
esse é genial
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